Um aperto, assim como uma porta batida...esmagando os dedos!
Um aperto invisível e avassalador, carregando o peso de tudo que subtraí da percepção, da consciência vivente!
Sinto hoje, e só, assim como só o poderia ser, tudo que a mim neguei-me.
Negar a companhia de todos meus pesadelos, esta negação que não aniquila nada! Inalienável!
Um gemido oco e persistente a soar compulsoriamente, uma surdez que só em mim é ouvida.
Nesses dias, que são eras, acreditem, o trago no tabaco me parece promessa, e já não me apresento aos meus amores, o que me dói mais que o inferno!
E não espero resgate, nunca admiti culpados a não ser este que vos escreve.
Um aperto assim, tão intenso, é de se fazer comover, é de se fazer correr às pressas por não ter aonde ir.
E tudo que vos falo pode vibrar ingratidão, mas juro que não sou tão cruel...é muito o que sentir (ou tentar subtrair), é demais, mesmo as mesquinharias sentimentais que são tão comuns a todos nós!
Dada a situação até a porcariada do Sentir parece-me intoxicante.
E o amor, tão grande que não só é incabível em mim, como extravasa. É algo que de tão puro faz-me apodrecer.
Não espero, mas entendo os risos a mim!
Eu mesmo, neste certo momento, ando gargalhando em meio a soluços.
13 comentários:
Belo.
O Vinícius mórbido está a retornar?
Gosta de fado? Ouça este:
Grito (Amália Rodrigues)
http://www.youtube.com/watch?v=5YBS7x4jWi0
Eiii!
Vc é meu vizinho????
Me manda um email pra eu guardar o seu:catiaho@hotmail.com
Tudo que desejo é lançar autores que ainda não tem seus livros.
Serio!!!
Ei Tamara cade seu blog,
um contato, sumiu la do meu blog!!!
è algo prapensar...pois acredito que todo ser sensivel, tem
tais reações...
pq um dia
é certo
que nos seremos nosso
proprio critico...
Esses versos seus
me tocam...
""Eu mesmo, neste certo momento, ando gargalhando em meio a soluços.""
Ah sim..me segue la no blog
é mais facil de te achar pra ler...
ah, vou ter que te imitar: muito bonito, mas me passou tristeza.
como a gente anda triste, não?
o verão não era pra ser só alegrias?
sinistramente pestilento.....
É... forte.
Tua escritura é o que o Tom Jobim falava de "inveja", mas não inveja rancorosa, inveja amorosa, como dizia ele.
Há encantamento tácito quando te leio... um reencontro com a magia da palavra... inda não apreendi de tudo um pouco... logo comento com mais finesa e minúcia.... sim, porque valem todo o meu esforço.
abraço!
aturlitera.blogspot.com
Papoético
"Eu mesmo, neste certo momento, ando gargalhando em meio a soluços."
neste...em vários momentos rio em meio a soluços!!
não vai escrever mais não?
beijo.
mais, mais!
E sobre seu comentário no meu blog, é claro que confere. O que não entra na poesia, senão o olhar diferenciado de cada um?
Gostei do seu olhar, e pude até ver o gato se espreguiçando aqui no meu muro =).
Abraço!
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