O que esperas de mim? Hoje fui acometido de um estupor! Saí de minha lógica.
Os humores eram misturados, as garrafas já trincavam próximas aos pés, entorpeci-me diante ti.
Odeio momentos de embaraços, onde me enrosco em mim mesmo, posteriormente censuro-me e me tenho temor. Lamento formidavelmente minha falta de manejo social, quisera saber as palavras adequadas, aquelas que certamente não ilustram o momento, mas apresentam soluções imediatas.
Se tratando de meu peito, pouco se dá por exato, então peço inquestionável, quanto a isso, resguardo. Sou vazio há muito tempo... estruturas há muito inabitadas, duvidáveis. Dói-me a alma, não posso prometer-te momentos sempre afáveis.
Mas explica-me a fraqueza que me confiro? Serás tu que já me absorves?
E como da chuva a terra sorve, teu olhar sempre perdido, desfocadamente focado, bebe-me em goles, e eu estacado!
Guia-me, por um momento vos deixo. Canto este intento, e mesmo cá, gritando aos ventos, podes por tudo ter verdade.
Não me exijas, ai de mim! Cada hora adiciona-me um fado!
Mas, talvez em nossa existência, visto do mundo toda demência, sejamos ambos remediáveis!
Gemeu em meu ombro a vida, algum espasmo de sonho, e tento diante a falta de sono, consolar-me neste silêncio morno de meu quarto, e os deuses sabem como detesto esta prostração que venho me propondo.
Certo dia acordarei como de assalto e, feito assaltante, roubar-te-ei-a de ti.