quinta-feira, 24 de junho de 2010

Leviano reflexo, leviano espelho,
levemente flertei com minhas retinas.
E tudo feito luz num momento de lampejo,
foi-se raio no início da tempestade,
Foi-se estrondo um tanto tardio.

Percebi-me palpável só por querer
fiz-me pleno sem necessidade dos sentidos.

O Saber é então o que não me faz cativo,
foge, com a real percepeção, de todo cativeiro,
das cinco ilusórias moradas do desejo.

Leviano reflexo, leviano espelho,
laçado foi também o guerreiro
que alçou-se da carcaça
foi-se vento por demais
foi-se...
e nem crepúsculos, e nem alvoradas
acabou por perceber
o tudo que teve, um tanto perdido.

E qual é o patamar aceitável?
ora, sustenta tuas partes,
sede como a galhada!
Dedos de raizes
sólidos, palpáveis
copa infindável, aérea, inimaginada!


Corpo, leviatã passageiro.