Que meu ego me perdoe, mas andei duvidando de minha sanidade.
Mas quem duvida há de ser são!
A sabedoria não está em ignorar as vozes que ouço, do clarear ao escurecer,
já sei distinguir a minha própria desta multidão.
Basta à minha paixão saber a largura de meu abraço, como oroborus, enroscado em meus ombros.
Meu castelo anda ruindo, penso seriamente em uma choupana.
Descobri que a morada maior não possui telhados, os limites extravasam os olhos, descobri que viver é morrer sem perder a vida, é nascer já se estando encarnado - autoparto.
Lacerar a própria mágoa,
Comê-la com azeite para descer mais rápido.
ungir a própria testa, santificar teu próprio nome...
Dançar à tua própria graça em festivais de tuas próprias estações.
Como o Sol há de nascer para calorar a tua face, e será o único motivo, teu e do Sol.
Viver ao propósito de quem percebe
assim como estas letras servem ao propósito de quem as lê.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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