quinta-feira, 24 de junho de 2010

Leviano reflexo, leviano espelho,
levemente flertei com minhas retinas.
E tudo feito luz num momento de lampejo,
foi-se raio no início da tempestade,
Foi-se estrondo um tanto tardio.

Percebi-me palpável só por querer
fiz-me pleno sem necessidade dos sentidos.

O Saber é então o que não me faz cativo,
foge, com a real percepeção, de todo cativeiro,
das cinco ilusórias moradas do desejo.

Leviano reflexo, leviano espelho,
laçado foi também o guerreiro
que alçou-se da carcaça
foi-se vento por demais
foi-se...
e nem crepúsculos, e nem alvoradas
acabou por perceber
o tudo que teve, um tanto perdido.

E qual é o patamar aceitável?
ora, sustenta tuas partes,
sede como a galhada!
Dedos de raizes
sólidos, palpáveis
copa infindável, aérea, inimaginada!


Corpo, leviatã passageiro.

8 comentários:

7 linhas disse...

leve então os pêlos...arrancou-me...

muito bom muito bom

kid vinivicius

Anônimo disse...

"levemente flertei com minhas retinas"

Bonito isso, e todo o poema tem uma leveza boa.

Abraço.

Sylvia Araujo disse...

Sede um fiapo de luz!

Adorei tudo aqui, Vinícius.

Bonitas as tuas letras.

Beijo

Marcelo Novaes disse...

Vinícius,


O Saber está alhures.


[Longe do cativeiro].






Abração.

Unknown disse...

com sede, como a galhada...

bebamos de tua poesia, então.

beijos,

i

Anônimo disse...

nosso reflexo é passageiro
do tempo, muito bom!!

Mariana Klein disse...

Pô bem que eu tava sentindo falta de ler seu blog ! Valeu a pena!voltar a ler!

fingers disse...

Cara, gostei muito, muito mesmo.