Que meu ego me perdoe, mas andei duvidando de minha sanidade.
Mas quem duvida há de ser são!
A sabedoria não está em ignorar as vozes que ouço, do clarear ao escurecer,
já sei distinguir a minha própria desta multidão.
Basta à minha paixão saber a largura de meu abraço, como oroborus, enroscado em meus ombros.
Meu castelo anda ruindo, penso seriamente em uma choupana.
Descobri que a morada maior não possui telhados, os limites extravasam os olhos, descobri que viver é morrer sem perder a vida, é nascer já se estando encarnado - autoparto.
Lacerar a própria mágoa,
Comê-la com azeite para descer mais rápido.
ungir a própria testa, santificar teu próprio nome...
Dançar à tua própria graça em festivais de tuas próprias estações.
Como o Sol há de nascer para calorar a tua face, e será o único motivo, teu e do Sol.
Viver ao propósito de quem percebe
assim como estas letras servem ao propósito de quem as lê.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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8 comentários:
é lindo, vini, mesmo.
beijo.
Muito bom, rapaz, cada vez melhor!
Essas letras servem ao propósito de abismarem, mas daquele abismo que podemos nos jogar, dele só sai mais vida e loucura, sendo esta loucura aquilo que difere da normalidade imbecil.
Seus textos brotam, tomam conta da gente. Gostei muito!
Beijo.
rapaz, fiquei triste aqui...
adorei!
ah, mon petit rimbaud...
nietzschedez absoluta esse poema que a propósito me olha...
plus!
mas que beleza, literalmente.
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