Ao meu desejo sou todo atento, mas se nuvens sempre vejo, nefelibatando a vida, ora desleixo, ora carícias, tudo ignora as sinapses, ignorantemente perdidas.
Foi assim a tua visita, a dormência por conta dum incentivo químico, rasgou o véu duma tranqüila existência, gastei horas entre beijos cínicos, não soube bem as intenções dessa vivência.
E de certo ando meio na cautela, aliás, a conspiração anda comprimindo meus desejos... Há dois véus, nesses tempos rancorosos, torniqueteando meus membros oníricos.
Recebi tua visita...
Recebi todo meu pretexto, teu pretexto, talvez cantássemos sempre esse encontro, disparadas flechas ao meu tronco, a chuva é seiva de delícias atormentadas!
Rosas, Rosa, se lhe dessem outro nome, continuarias com espinhos. Sobra-me saber se em meio a tantas anedotas, o perfume valha todo o risco.
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